Restrições eleitorais refletem em gráficas e outros serviços

O tempo mais curto das campanhas eleitorais e as restrições financeiras impostas a partidos e candidatos refletiram na impressão de material e no aluguel de carros de som. Em Campinas, a queda chegou à casa dos 80%.

O índice foi percebido por Reginaldo Alves, proprietário de uma gráfica da cidade, na comparação com eleições passadas. Desta vez, diz que vai ter que contar somente com as vendas habituais.

Neste ano, as doações de empresas para campanhas foram proibidas e o repasse das pessoas físicas foi mantido em 10% do rendimento bruto. Isso limitou as verbas de muitos partidos, candidatos e chapas pelo País.

A situação acontece em cidades maiores. É o que explica o presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Levi Ceregato. Segundo ele, o setor só teve impacto onde a mídia impressa ainda supera a eletrônica.

Mas não só os reflexos financeiros foram sentidos. A redução do período da campanha de 90 para 45 dias também causou dificuldades. É o que diz Constâncio Gonçalves, proprietário de uma locadora de carros de som.

Há 23 anos no ramo, ele conta que ainda não havia passado por uma situação como essa, já que a falta de verba reduziu o interesse de candidatos, que preferiram usar o dinheiro nos últimos dez dias.

A votação do primeiro turno das eleições acontece no dia 2 de outubro. Um dia antes, será encerrada a campanha para todos os candidatos. Em Campinas, nove concorrem ao cargo de prefeito, 734 para o de vereador.

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