Generalização. Essa é a palavra adotada pelos docentes e pesquisadores do Departamento de Engenharia de Alimentos da Unicamp em relação ao anúncio feito pela Polícia Federal, na última sexta-feira, durante a operação “Carne Fraca”.
O médico veterinário, Mestre e Doutor em Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas, Sérgio Pflanzer, classificou também como exagerada a forma com que todas as informações foram passadas à população.
Uma delas é a de que as empresas investigadas usavam ácidos e outros elementos químicos muito acima do permitido por lei para maquiar o aspecto físico de alimento vencido e estragado. A respeito disse ele comentou
Ele também foi categórico ao negar que os ácidos sórbico e ascórbico (que é a vitamina C) tenham a capacidade de maquiar o estado da carne
Uma outra questão abordada foi a utilização da carne de cabeça de porco na produção de embutidos. Nas gravações divulgadas pela PF, sócios de um frigorífico falam sobre o seu uso na produção, o que, segundo a polícia, é proibido.
O Doutor em Tecnologia de Alimentos pela Unicamp negou a proibição e explicou que há um percentual permitido por lei
A Operação “Carne Fraca” da PF teve como objetivo desarticular uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio. Mediante o pagamento de propina, os fiscais facilitavam a produção de alimentos adulterados e emitiam certificados sanitários sem realizar a fiscalização de fato.