Os investimentos em pesquisa na Unicamp, em Campinas, somaram R$ 59,6 milhões em 2016. O montante supera o dobro do registrado em 2015 – R$ 26 milhões. Os dados são do relatório de atividades da Agência Inova. Para quem procura uma oportunidade para desenvolver projetos, o nível alto da produção científica na universidade é a melhor escolha.
É o que diz, por exemplo, o fundador da Pangeia Biotech, Paulo Cezar de Lucca. A empresa atua no melhoramento genético de plantas, como na resistência a pragas, e pode aumentar a produtividade de culturas. Para ele, a Pangeia sequer existiria se não fosse pela incubação na agência.
Para o diretor-executivo da Agência de Inovação Inova Unicamp, professor Milton Mori, o aumento do interesse das empresas acontece devido ao potencial da universidade estadual como centro de excelência. Segundo ele, além das parcerias, a procura pela agência também aumentou para o licenciamento de tecnologias, que permite a exploração comercial de uma patente da qual a instituição é detentora dos direitos.
Ao todo, foram 23 licenças assinadas em 2016. No ano anterior, chegou a 15. Das 1.042 patentes, 133 já estão no mercado. Ou seja, 12,7% delas. Mori ainda conta que as parcerias longas nascem de projetos simples. A Unicamp dispõe ainda do Parque Científico e Tecnológico, que abriga hoje principalmente empresas de comunicação, informática e telefonia. As pesquisas são feitas no local através do convênio com a universidade.