O Hospital Estadual de Sumaré iniciou a compra de equipamentos de neurocirurgia no valor de R$ 2,5 milhões. A verba faz parte da indenização paga pelas empresas Shell e Basf no acordo firmado após a contaminação em Paulínia. Entre as aquisições da unidade de saúde, que atende somente pelo SUS, estão neuronavegador e aspirador ultrassônico. O superintendente do hospital, Luis Roberto Lopes, explica que os materiais vão facilitar os procedimentos e gerar economia.
O repasse foi feito pelo Ministério Público do Trabalho, que ainda analisa os projetos de outras entidades ligadas à saúde. Um dos responsáveis por essa avaliação é o procurador do MPT, Ronaldo Lira, que explica quais critérios são considerados. Segundo ele, além das áreas de estudos e atendimentos especializados, a proposta precisa ter retorno para a população. Além de instituições da região de Campinas, interessadas de todo o Brasil estão aptas a receber parte das verbas pagas à Justiça.
A soma dos valores indenizatórios chega a cerca de R$ 200 milhões. Deste total, algumas partes já foram aprovadas e repassadas. A Universidade Federal da Bahia e o Fundacentro receberam R$ 1,5 milhão para custear uma pesquisa sobre a produção de amianto. O Centro Infantil Boldrini destinou R$ 20 milhões para a construção de um local de estudos sobre a relação entre o ambiente e o câncer. Já o Hospital do Câncer de Barretos usou R$ 70 milhões para erguer um novo prédio e implantar quatro pontos móveis em Campinas.