Depois de disponibilizados R$ 100 milhões pela Caixa Econômica Federal ao governo de Campinas para o início das obras dos corredores do BRT, e o anúncio de que elas devem começar em agosto próximo, uma questão que se levanta é a seguinte: será que toda a obra ficará realmente nos R$ 450 milhões divulgados pela prefeitura?
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Transportes, além dos R$ 100 milhões disponibilizados pela Caixa, outros R$ 100 milhões virão do Orçamento Geral da União, R$ 200 milhões devem vir de um contrato de financiamento via fundo de garantia do PAC Mobilidade restando ao município R$ 50 milhões, que segundo o Secretário de Transportes, Carlos José Barreiro, já estão previstos no orçamento. O professor da Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp e Especialista em trânsito
Creso Peixoto, o que deve ser observado e cobrado pela população é o gasto eficiente das verbas até porque, segundo ele, são frequentes os casos de aditamentos e verbas complementares ao longo da execução.
O professor ressaltou a importância de se ter a garantia de que todo o recurso virá para a obra. E uma vez iniciada, que após a conclusão da primeira etapa, que haja uma cobrança e vigilância por parte da população para que as demais etapas também sejam realizadas com sucesso
Creso Peixoto citou projetos bem executados de BRT como Transmilêmio de Bogotá, na Colômbia, e o de Curitiba mas também fez um alerta baseado no sobrepreço das obras do VLT em Cuiabá
Em Campinas, serão 37 quilômetros de corredores. Dois ligando os distritos do Ouro Verde e Campo Grande ao centro e um perimetral que ligará esses dois. O prazo de conclusão é de 36 meses a partir do início das obras.