Campinas tem 58,37% dos imóveis com algum tipo de informalidade. Entre os motivos, está a burocracia e também os custos para o registro. Os dados foram divulgados durante o Seminário de Governança de Terras da Unicamp. Segundo o professor doutor da universidade estadual, Bastiaan Reydon, a lista de exigências impede a regularização.
As consequências não são só percebidas na falta de arrecadação de impostos, mas ainda na falta de garantias do cidadão. Entre os imóveis considerados informais na cidade, a maior parte, 24,46% possui os chamados contratos de gaveta de compra e venda, sem qualquer valor legal. Em segundo lugar, estão os loteamentos clandestinos, com 16,73%.
Neste último caso, até mesmo bairros antigos e já consolidados servem de modelo. Mas segundo o especialista, o problema não acontece somente em municípios do porte de Campinas, mas também em conglomerados menores. Como causas, além das cobranças financeiras, ele cita ainda a burocracia de todo o processo. Por esse motivo, o professor acredita que a criação de um cadastro municipal integrado com o sistema nacional serviria como solução.