Após 56 dias sem chuvas, até essa quarta-feira, a região de Campinas depende cada vez mais da captação da água dos rios, em especial os municípios que não possuem reservatórios próprios para o abastecimento. A última parcial divulgada nessa quarta-feira do Rio Atibaia no ponto de captação de Valinhos apontou 12.94 metros cúbicos (m³/s). Em Sousas, distrito de Campinas, por exemplo, a situação do Rio Atibaia começa a preocupar os moradores, que não gostam de ver o rio que corta o distrito agoniza, como conta Luiz Alvez de Almeida. Luci Santos observa que já é possível ver as pedras no leito do rio.
Ricardo Mendes lamenta que a população, mesmo assim, não tem evitado o desperdício de água. O morador, Durval Bueno Camargo, disse ser inevitável a preocupação. De acordo com o Cepagri da Unicamp não houve registro de chuvas na estação meteorológica da Unicamp em todo o mês de julho e a expetativa para o período é de 43,3mm. E não há previsão de chuva na região pelo menos para os próximos 7 dias. No auge da crise hídrica, no final de 2014 e começo de 2015, o nível do rio chegou a 4 m3/s, e a qualidade ruim da água chegou até a impedir a captação pela Sanasa.