Depois do inverno mais seco dos últimos 30 anos, a primavera em Campinas começou com mais nuvens, a exemplo de outras regiões do Brasil. As próximas semanas devem ser de mudanças no clima, mas as chuvas devem chegar à cidade somente a partir da segunda quinzena de outubro.
Mesmo com a mudança de estação, o professor e pesquisador do Cepagri da Unicamp, Jurandir Zullo Júnior, explica que a estiagem continua. Segundo ele, para que a umidade do ar volte a níveis mais altos e saudáveis em toda a região, é preciso que ocorra a virada gradual do tempo.
Os dados mostram que a seca entre junho e setembro em Campinas foi a mais longa desde 1988, quando os índices começaram a ser medidos. De acordo com Cepagri, foram apenas 61 milímetros de chuva nesses quatro meses. O normal seria uma precipitação entre 130 e 250 milímetros.
Com isso, a umidade do ar chegou a 11,9% no final de agosto e causou a suspensão das folgas na Defesa Civil devido à alta nos incêndios. De agora em diante, porém, o pesquisador Jurandir Zullo afirma que a perspectiva é de normalidade nos índices pluviométricos.
Enquanto esperam pela volta das ocorrências de chuvas, os municípios da região metropolitana descartam o racionamento de água. Mesmo com a vazão dos rios em baixa, o volume é suficiente para o abastecimento. Ainda assim, é preciso evitar o desperdício.