Ao investigar, na última década, os fatores associados à crescente epidemia global de obesidade, cientistas da Unicamp, identificaram dois eventos que contribuem fortemente para o ganho de peso.
Um deles é a alteração no perfil de bactérias que compõem a flora intestinal.
Estudos publicados entre 2005 e 2007 mostraram que pessoas obesas geralmente apresentam um conjunto de microrganismos que favorece a absorção dos nutrientes da dieta.
Ou seja, uma maçã pode ser mais calórica para uma pessoa gorda do que para uma pessoa magra.
Outro evento importante é a morte de um grupo de neurônios existente em uma região do cérebro chamada hipotálamo.
Após a perda desses sensores, os estudos mostraram que os indivíduos passaram a sentir cada vez mais necessidade de consumir alimentos ricos em gordura e açúcar.
Segundo o coordenador do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades da faculdade de Ciencias Médicas da Unicamp, Licio Augusto Velloso, os dados mais recentes sugerem que o hipotálamo é danificado muito antes de ocorrerem alterações no intestino.