Para professor, comissionados na Câmara configura uso de dinheiro público para benefício próprio

A notícia de que a Câmara de Vereadores de Campinas aprovou a contratação de 99 comissionados para os gabinetes foi recebida com tristeza pelo professor de ética da Unicamp, Roberto Romano.

Em conversa com apresentador Flávio Paradella na manhã desta quinta-feira, Romano iniciou a entrevista lamentando a medida, que veio três meses apó, a justiça determinar o corte de 223 funcionários em cargos de comissão no legislativo, por ação do Ministério Público.

O projeto de lei é de autoria do presidente do legislativo, Rafa Zimbaldi, foi aprovado em sessão extraordinária na noite desta quarta-feira, com justificativa de que os trabalhos ficaram prejudicados com os cortes. Essa reposição de comissionados foi feita com estudos técnicos e conversas com a Procuradoria da Justiça.
Roberto Romano não se convence diante do cenário atual no país.

O projeto aprovado cria três novos cargos comissionados por gabinete – dois deles com obrigatoriedade de nível universitário, com salários de R$ 6 mil e R$ 8.700.

Antes do corte determinado pela justiça, o valor gasto vereador era de R$ 57 mil. Com as mais de 200 demissões caiu para R$ 21 mil. Com a recontratação passa para R$ 46 mil.

Para o professor de ética da Unicamp, Roberto Romano, há todo interesse político por trás da medida.
A contratação de 99 comissionados foi aprovada no legislativo por 27 votos. O único contrário foi da vereadora Mariana Conti (PSOL). Ailton da Farmácia (PSD), Campos Filho (DEM), Luis Cirilo (PSDB) e Tico Costa (PP) não estavam presentes na sessão.

 

Compartilhe!

Pesquisar

PODCASTS

Mais recentes

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.