Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual de Campinas colhe resultados que indicam que futuramente o Brasil poderá ter processos industriais de produtos como etanol de 2° geração, que é produzido a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar. Esse é um material estratégico, já que o reaproveitamento pode aumentar em 50% a geração do biocombustível, sem ampliar a área de cultivo.
Porém, os desafios ainda são muitos. O pesquisador do laboratório de Enzimologia e Biologia Molecular de Microorganismos, André Ricardo de Lima Damásio,está desde 2013 dedicado na questão de enzimas que são essenciais no procedimento. Hoje, elas são caras e representam até 40% do custo do litro do etanol de 2° geração.
O objetivo é aumentar a produção ou potencializar as enzimas, para ter uma redução de custo. Resultados satisfatórios já foram encontrados, o que vem como uma notícia diante do atraso nesta área no país.
Atualmente, apenas multinacionais produzem enzimas, com patentes.
O biólogo André Damásio usa o etanol na pesquisa, porém a produção em maior escala de enzimas poderá ter impactos positivos em outras áreas, como de detergente.
Essa pesquisa deve ser concluída em junho do ano que vem, mas o pesquisador já conseguiu um novo financiamento para dar continuidade aos estudos.