Os representantes de diversas entidades ligadas ao setor imobiliário participaram de uma audiência pública que discutiu o processo de reformulação da Planta Genérica de Valores de Campinas e seu impacto na alta do IPTU e ITBI. Eles fizeram questão de deixar claro que não compactuaram com o reajuste proposto, como vinha sendo falado por vereadores da base do governo Jonas durante as discussões sobre o assunto no plenário. Além de entender que o aumento do imposto prejudicou a população, as entidades afirmam que o mercado imobiliário como um todo foi atingido.
Para o presidente da Rede Total de Imóveis, Reinaldo Biondi, o aluguel é uma modalidade de negócio que foi diretamente afetada com a alta do IPTU. O coordenador da comissão de loteamento e desenvolvimento imobiliário de Campinas, Márcio Barbado, disse que o posicionamento das entidades ficou claro durante a audiência e que este seria o momento do executivo rever o reajuste do imposto.
O pedido para a realização da audiência foi do vereador Marcelo Silva (PSD) com o objetivo de ouvir das entidades do setor seu posicionamento sobre a forma como foi dada a reestruturação da planta e o consequente reajuste dos impostos. Segundo ele, ficou claro que em nenhum momento as entidades compactuaram com o aumento do IPTU. A prefeitura de Campinas informou que a atualização na planta genérica de valores, a atualização cadastral e o reajuste nos índices de correção, vão produzir uma receita extra de R$ 171 milhões à Prefeitura apenas com a cobrança do IPTU em 2018. A Planta Genérica de Valores de Campinas foi construída a partir de um trabalho técnico e de forma transparente. A elaboração do projeto de lei contou com a participação de entidades da sociedade civil nas 12 reuniões realizadas pela comissão.