Uma empresa desenvolveu um tecido com micropartículas de prata capaz de eliminar quase integralmente o novo coronavírus. O trabalho teve o apoio da Fapesp. Em testes de laboratório, o material foi capaz de eliminar 99,9% da quantidade do vírus após dois minutos de contato.
O tecido é composto por uma mistura de poliéster e de algodão e contém dois tipos de micropartículas de prata impregnadas na superfície por meio de um processo de imersão, seguido de secagem e fixação.
A empresa já fornecia para indústrias têxteis e de diversos outros segmentos essas micropartículas, que apresentam atividade antibacteriana e fungicida, e em tecidos evitam a proliferação de fungos e bactérias causadoras de maus odores.
Luiz Gustavo Simões, diretor da empresa Nanox, responsável pelo trabalho, afirma que o custo de produção de tecidos com micropartículas de prata é viável e não deve deixar o produto mais caro. Ele afirma que até mesmo há o interesse de empresas em absorver esse custo e manter o atual preço de mercado.
“O custo em si para a tecelagem, para a empresa que é o cliente na nota, não deve passar de 3 a 5% do geral. Algumas empresas têm absorvido esse custo e mantendo seus preços. Então o custo não será um problema e a ideia é permitir que o material seja usado em diversos tipos de tecido, como roupas e não somente as máscaras”, explica.
A empresa informou ainda que já entrou com o pedido de depósito de patente da tecnologia e que já desenvolveu parcerias com duas tecelagens no Brasil, que vão fabricar máscaras de proteção e roupas hospitalares.
