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Invasão a sistema do governo teria dado R$ 2 mi para empresa de Campinas; dono nega

O esquema de invasão ao sistema de pagamentos do governo federal, o Siafi, teria desviado R$ 2 milhões para uma empresa instalada em Campinas. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira. 

Segundo a publicação, o dinheiro teria sido encaminhado para uma empresa registrada com o nome fantasia de “Adonai Comércio”, com endereço no Jardim Eulina, em Campinas. 

A CBN Campinas conversou com Eliezer Toledo Bispo, dono da empresa. Ele não quis gravar a entrevista, mas disse que foi pego de surpresa na manhã desta quarta-feira pela notícia. 

Disse ainda que, junto com um advogado, que vai registrar um boletim de ocorrência e que a conta bancária da empresa não recebeu nenhum valor. A empresa foi registrada como comércio de móveis, mas, atualmente, vende luminárias solares. 

“Os criminosos envolveram o nome da minha empresa nesse esquema fraudulento. A minha empresa não tem nada a haver com esse escândalo. Infelizmente os criminosos, não sei como, conseguiram os dados cadastrais e devem ter aberto contas em bancos. Friso que a conta bancária oficial da minha empresa não recebeu nenhum dinheiro dessa operação”, informou. 

O empresário também relatou que os dados da empresa dele foram usados de forma fraudulenta para abrir essas contas. Em janeiro, uma situação parecida já havia acontecido.  

Golpistas invadiram a conta dele no Simples Nacional e mudaram o faturamento bruto para valores menores, gerando créditos de imposto a ser recebidos — valores que também nunca caíram na conta dele. 

O ataque ao Siafi foi noticiado na segunda-feira, mas teria acontecido na virada do mês. O Tesouro Nacional emitiu nota informando que episódio não configura uma invasão hacker, mas a utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular. Até o momento, o prejuízo é de cerca de R$ 3,5 milhões. 

Os criminosos conseguiram acesso a senhas diversas para burlar o sistema e simular pagamentos. Para isso, eles teriam usado CPFs de supostos “credores” com direito a receber recursos. Parte das verbas, inclusive, pode ter sido enviada ao exterior, aponta a investigação. 

A Polícia Federal já conseguiu identificar uma pessoa que atuou na fraude ao Sistema Integrado de Administração Financeira, um sistema contábil que tem por finalidade realizar todo o processamento, controle e execução financeira, patrimonial e contábil do governo federal. 

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