Ouça ao vivo

Ex-funcionária da Unicamp suspeita de desvio de verbas “não tem data para voltar ao Brasil”

Foto: Antonio Scarpinetti/Unicamp

A ex-funcionária da Universidade de Campinas Ligiane Marinho de Ávila, suspeita de ter desviado até R$ 1,9 milhão de verbas de pesquisa destinadas pela Fapesp ao Instituto de Biologia, informou à Polícia Civil que está no exterior e não tem data para voltar ao Brasil.

No Inquérito Policial que investiga o crime de peculato, o advogado da ex-funcionária pediu para que o depoimento dela seja feito por videoconferência.

O g1 Campinas apurou com uma fonte na Polícia Federal que a mulher saiu do Brasil no dia 19 de fevereiro deste ano, um mês depois dos desvios terem vindo à tona. Ligiane viajou em um voo que saiu de Campinas com destino a Orly, na França.

A investigação sobre os desvios na Unicamp está sob responsabilidade do 7º Distrito Policial de Campinas. A Polícia Civil informou que o delegado responsável pelo caso já ouviu três suspeitos e realiza diligências na cidade.

A Unicamp afirmou que “os fatos estão sendo objeto de apuração em Sindicância Administrativa, sendo certo que adotará todas as providências que se mostrarem cabíveis após sua conclusão”. A defesa da Ligiane não se manifestou.

Na época que o caso veio à tona, a Unicamp detectou cerca de 220 transferências bancárias suspeitas feitas pela servidora. Ela era a responsável por cuidar da parte de pagamento dos recursos obtidos com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo pelos pesquisadores do IB.

A maioria das transferências, cerca de 160, foi feita para a conta da própria servidora, somando um valor de R$ 1,2 milhão. Os outros 700 mil foram transferidos para duas empresas e duas pessoas físicas também alvos da investigação da Polícia Civil.

Pelo menos 27 professores do Instituto de Biologia relataram ter detectado movimentações suspeitas em verbas de pesquisa. No caso de apenas um docente, o desvio chegou a R$ 245 mil.

Em nota à época, a Fapesp declarou que, caso eventuais irregularidades nas prestações de contas sejam verificadas, cobrará dos pesquisadores a devolução dos recursos. Além disso, a fundação afirmou que vai acompanhar as providências legais que estão sendo tomadas.

Compartilhe!

Pesquisar

PODCASTS

Mais recentes

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.