A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgou, nesta terça-feira (9), o nome da indústria que foi a responsável por despejar poluentes no Rio Piracicaba, causando a mortandade de milhares de peixes no último domingo.
A Indústria São José Açúcar e Álcool foi a fonte poluidora por meio do descarte irregular de resíduo industrial. De acordo com a Cetesb, apenas com o resultado das amostradas coletadas será possível dizer quais serão as punições. Mas, sabe-se que há uma multa gravíssima a ser dada, e encaminhamento do caso à Polícia Civil como crime ambiental.
Além disso, o órgão de meio ambiente do Estado também vai passar uma série de recomendações técnicas para que a indústria possa seguir e não despejar mais resíduos no rio.
Nesta terça-feira, equipes da Cetesb monitoraram a operação da usina, e exigiram que fosse feita a limpeza do que sobrou empoçado em alguns trechos do rio. Esse trabalho, conforme o órgão, está sendo feito.
A CBN Campinas conversou com o diretor de controle e licenciamento ambiental da Cetesb, Adriano Queiroz. Eles identificaram que o resíduo é resultado de um processo de produção da empresa.
“A identificação da usina partiu do processo investigativo da agência ambiental. Em um primeiro momento, devemos aplicar uma multa sobre poluição, que varia de R$ 500 a R$ 50 milhões, de acordo com a gravidade do impacto que causou no meio”, explicou o agente da companhia.
Um relatório parcial deve ainda ser divulgado nesta quarta-feira com mais detalhes sobre o caso, mas a Cetesb adiantou que a quantidade de oxigênio dissolvido chegou a zero no manancial entre o domingo e segunda-feira. A medição foi feita por meio de uma sonda que fica em um ponto do Rio Piracicaba.
Porém, o órgão ambiental do Estado afirma que será instalada uma nova sonda de monitoramento automático da qualidade da água, para aprimorar as análises e reforçar a fiscalização. O local não foi informado.
Em entrevista coletiva, nesta quarta-feira (9), o prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, informou que irá notificar o Ministério Público e a Prefeitura de Rio das Pedras, onde a indústria está localizada, para que também tomem providências.
“Não é a primeira vez que temos informações de recorrência de descartes através do Córrego Tijuco Preto. Vamos propor a instalação de mais três pontos de monitoramento, assim a ação de fiscalização será mais rápida”, pontuou o chefe do Executivo.
A CBN também aguarda um posicionamento da indústria sobre as questões levantadas pela Cetesb.
