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Força-tarefa recolhe quase 3 toneladas de peixes mortos no Rio Piracicaba

Foto: Edijan Del Santo/EPTV

Uma força-tarefa em Piracicaba reuniu diversas pessoas em torno do Rio Piracicaba nesta quinta-feira (11), para remover todos os peixes mortos após a contaminação das águas do manancial por uma indústria de produção de açúcar. 

De acordo com informações da prefeitura da cidade, foram retiradas 2,9 toneladas de peixes mortos durante a limpeza. O grupo que colaborou com a retirada é formado por moradores voluntários, equipes da limpeza urbana municipal, da Polícia ambiental, Cetesb, Comitê PCJ e pescadores. 

O flagrante dos peixes mortos foi notado no domingo. A substância atingiu área de 42 quilômetros de extensão, entre o local do lançamento no ribeirão até o leito do Rio Piracicaba, na região da Rua do Porto. 

A mortandade, segundo relatório preliminar da Cetesb, foi provocada pelo despejo irregular de resíduos orgânicos industriais da usina diretamente no Ribeirão Tijuco Preto, que desagua no Rio Piracicaba. 

De acordo com a Cetesb, apenas com o resultado das amostras coletadas será possível dizer quais serão as punições. A previsão é que o resultado esteja disponível na próxima terça-feira. 

Entenda o caso

O flagrante dos peixes mortos foi notado no domingo e o nível de oxigênio na água, na segunda-feira, chegou a zero, impossibilitando qualquer possibilidade de sobrevivência dos peixes. Segundo a agência ambiental, a usina é responsável pela contaminação. 

O Ministério Público e a prefeitura de Rio das Pedras, cidade vizinha e onde fica a Usina São José, apontada como a causadora da poluição, também foram acionados pelo município.

A multa, conforme a legislação ambiental, pode chegar a R$ 50 milhões. A Promotoria de Justiça Cível de Piracicaba informou que o caso será apurado.

A prefeitura de Piracicaba ainda informou que vai obrigar a usina a repovoar o Rio Piracicaba com as espécies que foram encontradas mortas. Porém, ambientalistas estimam que a recuperação total do Rio Piracicaba deve acontecer apenas em nove anos.

Além disso, o órgão de meio ambiente do Estado também vai passar uma série de recomendações técnicas para que a indústria possa seguir e não despejar mais resíduos no rio. Até agora representantes da usina não se pronunciaram sobre o caso.

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