Um policial militar foi preso na tarde desta terça-feira (21/01), em Campinas por porte de uma mira laser. A associação da categoria confirmou que o PM detido é do Batalhão de Ações Especiais da Polícia, o Baep de Campinas, que funciona como a Rota da capital. No mesmo dia, os 31 policiais deste batalhão prestaram depoimentos na Corregedoria da PM de São Paulo, nas investigações da chacina que aconteceu e no começo deste mês.
Os policiais Baep tem porte de armas calibre 380, para uso particular. Esta teria sido a arma usada nos assassinatos, segundo investigações da polícia civil.
De acordo com a presidente da associação dos policias militares do estado de São paulo, Adriana Borgo, todos os integrantes do batalhão entregaram as armas para contribuir com as investigações. No caso do PM preso, além da arma, foi encontrada a mira laser. Adriana afirma que apesar da prisão, o policial não tem qualquer relação com a chacina. A mira a laser foi encontrada durante uma varredura da Corregedoria no Baep, segundo a própria associação.
O policial militar preso não teve a identidade revelada e tanto a promotoria, como o Núcleo de Estudos do Direito Militar, o Nedim, negaram a relação da prisão com a chacina. O promotor Ricardo Silvares disse que o procedimento de verificação é normal da polícia. O advogado do Nedim, Luciano Gondin, acrescentou ainda que não se passa de um mal entendido a relação da prisão com a chacina.
O policial militar foi levado pela Corregedoria à São Paulo. A defesa afirmou que iria pedir o habeas corpus.
A delegada do caso, Maria Bernardete Steter, e os policias da corregedoria que estivaram no 5° Distrito Policial de Campinas, onde o flagrante foi apresentado, não quiseram se pronunciar.
Sobre os 31 depoimentos feitos nesta terça-feira na corregedoria, o promotor Silvares afirmou que serão enviados à polícia civil de Campinas.