Com 57,69% dos votos válidos, Jonas Donizette, do PSB, se elege o próximo Prefeito de Campinas, após uma campanha acirrada no segundo turno, travada com o adversário Márcio Pochmann, do PT, que teve 42,31% dos votos válidos. O candidato do PT, que começou com 1% das intenções de votos nas pesquisas, viu sua candidatura decolar chegando a encostar no candidato do PSB , com 39% , contra 45% do adversário. Mas, às vésperas das eleições do segundo turno, a pesquisa IBOPE/EPTV apontava uma queda do candidato Pochmann, abrindo uma diferença desfavorável de quase 20% em relação ao primeiro colocado, Jonas Donizette. Números que acabaram se confirmando nas urnas.
Na análise do professor de Ética e Filosofia da Unicamp, Roberto Romano, essa freada no crescimento da candidatura de Márcio Pochmann pode estar relacionada a estratégia de ataque utilizada no final da campanha. Para Romano, usar uma lei de Jonas de 1997, que autoriza o trabalho infantil em feiras como estratégia de ataque não funcionou. Romano lembra que o tom de ataque da campanha do segundo turno não foi privilégio do PT. Para ele, o candidato do PSB também foi oportunista ao utilizar como marketing político a denúncia de corrupção na Prefeitura de Campinas em 2011, envolvendo o PT. Romano acredita que a população deveria ter mais controle do processo eleitoral.
Jonas Donizette teve 315 mil 488 votos. Enquanto Pochmann teve 231 mil 420 votos. O número de abstenções foi de 166 mil 284 eleitores. Além de 3,59% de votos brancos e 8,06% de nulos.