Apesar da abundância de matéria prima e da sua utilização em vários países a energia solar ainda é muito pouco utilizada no Brasil. Mesmo com as determinações da Agência Nacional de Energia Elétrica para fomentar a instalação de Usinas Solares Fotovoltaicas , o recurso é utilizado atualmente apenas na região norte do país o que representa apenas 1,7% da energia distribuída. A estratégia da Agencia Nacional, que obriga as distribuidoras a investir em novas tecnologias despertou o interesse do pesquisador Davi Gabriel Lopes. Ele demonstrou na tese defendida na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, que a maior participação da geração fotovoltaica na matriz elétrica brasileira pode trazer importantes benefícios socioambientais para o país. De acordo com o estudo, se os projetos contemplados na chamada Estratégia de Número 13 da ANEEL estivessem em operação, as usinas fotovoltaicas já teriam evitado a emissão de 6.285 toneladas de carbono na atmosfera. Além de não emitir os gases que provocam o efeito estufa as usinas seriam também uma grande geradora de emprego e renda. O problema segundo o pesquisador é o custo para o país da energia fotovoltaica que é muito superior as demais fontes. O pesquisador explica que antes do lançamento da Estratégia de Número 13 da ANEEL, o Brasil contava, praticamente, com painéis fotovoltaicos operando somente em sistemas isolados. O ordem para as distribuidores é desenvolver a tecnologia para o sistema integrado. Uma das Usinas experimentais funciona na sub-estação de Tanquinho da CPFL , em Campinas. Segundo o coordenador do projeto de pesquisa da usina, João Camargo,o trabalho vem sendo realizado desde janeiro do ano passado. Neste primeiro ano de operação o resultado é altamente positivo. Em sua opinião, por enquanto a energia produzida ainda é inviável comercialmente falando, porém , em um futuro bem próximo ela fará parte da realidade no país.