Batman, Mulher Maravilha, Homem-Aranha, Capitão América e The Flash são alguns dos 11 super-heróis estiveram nesta segunda-feira, dia 28, durante três horas visitando os pacientes do Centro Infantil Boldrini, em Campinas. Os heróis trocaram os vilões dos filmes e das histórias em quadrinhos por um inimigo comum: o câncer infantil.
Segundo a idealizadora do projeto, Adriana Tayar, os heróis estarão na instituição mensalmente visitando cada uma das crianças internadas no hospital, levando mensagens positivas para os pequenos em tratamento. Os heróis são incorporados por profissionais de diversas áreas, como fotógrafo, publicitário, comerciante e até um professor de kung-fu, que se transforma em Homem-Aranha.
Adriana, que teve um problema de câncer na família, desenvolveu a ideia do projeto. Pesquisando, descobriu que nos Estados Unidos um grupo de super-heróis limpava janelas de um hospital. E resolveu adaptar para a realidade brasileira. “São heróis de todos os segmentos, para que as crianças se identifiquem para a ajuda dos personagens. A ideia é que o voluntário ‘encarne’ o personagem e utilize a própria história de superação para ajudar os pacientes”, diz Adriana, que incorpora a Mulher Maravilha.
De acordo com Nina Mazzon, coordenadora da Brinquedoteca do Boldrini, um dos objetivos de trazer esse projeto para o hospital é fazer com que as crianças resgatem a esperança e a força dos heróis. “Pra eles a fantasia colabora como um recurso durante o tratamento.”
O Centro Infantil Boldrini, localizado em Campinas (SP), há 36 anos trata crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. Atualmente, o Boldrini atende cerca de 7 mil pacientes, a maioria (80%) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos centros mais avançados do país, o Boldrini reúne alta tecnologia em diagnóstico e tratamento clínico especializado, com índice de cura de 70% a 80% em alguns tipos de câncer − comparáveis ao Primeiro Mundo −, disponibilidade de leitos e atendimento humanitário às crianças portadoras dessas doenças.