As chuvas que caíram nos três últimos dias em São Paulo e em Campinas não foram suficientes para que o Governo do Estado desligasse o sinal de alerta e nem descartasse a possibilidade de racionamento de água. Como medidas de contingência, o governador Geraldo Alckimin reforçou neste sábado, em Campinas, o pacote de medidas para reduzir o desperdício e para evitar o racionamento de água
Entre as medidas está a redução de retirada de água do sistema Cantareira para a capital, com redução de 8 metros cúbicos por segundo do sistema. Segundo Alckimin, a captação de água do Cantareira passou de 31 metros cúbicos para 23 metros cúbicos.
Outra medida para desafogar o sistema Cantareira, mas que deverá ser implantada a médio prazo, é a interligação dos reservatórios de Atibainha e Jaguarí que ainda depende de autorizações da Agência Nacional de Águas e da Agencia Nacional de Eletricidadel. Além das autorizações da ANA e ANEEl, São Paulo terá que driblar a resistência do estado do Rio de Janeiro para a interligação do sistema, porque os cariocas retiram água do rio Paraíba do Sul que integra o Sistema Jaguari. Eles temem uma redução na vazão do Paraiba do Sul com a interligação dos dois reservatórios. Alckmin aposta que em 60 dias tenha uma solução para receber as autorizações e as obras que vão interligar os dois sistemas, Atibaia e Jaguari, estejam prontas em doze meses.
Para a região de Campinas o governo do Estado está prevendo a construção de dois grandes reservatórios. Serão realizados os projetos executivos e as pesquisas de impacto ambiental na Bacia dos rios Piracicaba, Jundiaí e Capivari, que receberá os reservatórios da barragem Pedreira, no rio Jaguari e da barragem Duas Pontes, no rio Camanducaia.
