Os agentes penitenciários que trabalham no complexo Campinas-Hortolândia e estavam em greve desde o início da semana suspenderam a paralisação nesta sexta-feira, de acordo com Carlos Rufino, Diretor Regional do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo.
Segundo ele, a paralisação foi suspensa devido ao temor de represálias por parte da Secretaria de Administração Penitenciária, e também por conta de um possível risco à segurança dos agentes.
O sindicato afirma que o movimento é uma retomada da greve geral do ano passado, uma vez que o governo não teria cumprido por completo o acordo firmado à época, e que a Secretaria estaria pedindo a exoneração de alguns dos grevistas.
Além disso, os agentes reivindicam maior segurança, através da mais agilidade para a concessão do porte de arma, que atualmente levaria até sete meses, a concessão de coletes à prova de balas, e melhora nas condições de trabalho, que seriam precárias.
Existe a previsão de que os agentes realizem um protesto na capital paulista na próxima quarta-feira.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou através de nota que classifica a greve como uma ação irresponsável do sindicato, e informa que até o final da tarde de quinta-feira somente 10 das 163 unidades prisionais do estado seguiam com as atividades parcialmente paralisadas.
O Governador Geraldo Alckmin afirmou ontem durante visita à região que pediu na justiça a ilegalidade da greve, e afirmou que é inadmissível proibir a entrada de presos nos CDPs.