A licença ambiental de 37 empresas têxteis de Americana, que enviam efluentes sem tratamento adequado ao Ribeirão Quilombo desde a década de 80, não foi renovada pela Cetesb. A recomendação partiu o do Ministério Público. Sem as licenças, as fábricas atuam de maneira irregular desde o último mês de julho. Os efluentes das empresas passam pela Estação de Tratamento de Esgoto Carioba. A ETE construída na década de 80 através de uma parceria inédita entre as fábricas, Prefeitura e o Departamento de Águas e Esgoto da cidade já é considerada antiga e ultrapassada para atender as leis atuais. Para se ter uma ideia, a eficiência mínima permitida para uma ETE hoje é de 80% e a de Americana é de apenas 46%, na capacidade de remoção orgânica. O Sindicato das Indústrias de Tecelagem alega que as obras de modernização deveriam ter sido feitas pelo Departamento de Águas e Esgoto do muniípio e que as fábricas cumpriram sua parte no acordo firmado há mais de 30 anos. No entanto, o Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente do Ministério Público do Estado, alega que um acordo não pode se sobrepor à legislação ambiental vigente.