Os preços de material escolar estão até 35% mais caros do que no ano passado, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório. O reflexo da crise econômica e a alta do dólar tiveram um impacto significativo no setor, uma vez que produtos como mochilas, estojos e lancheiras são, em grande parte, importados. Mesmo assim, o reajuste não deve ser repassado em sua totalidade aos consumidores. Isso porque, grande parte dos lojistas adquiriu os produtos há cerca de seis meses, o que permitiu a manutenção dos preços que eram praticados no ano passado. Os artigos escolares deverão ter um reajuste de pouco mais de 10% comparado a janeiro de 2015, índice que corresponde a inflação do período. Segundo Gilberto Bonavoglia, proprietário de uma papelaria de Campinas, a compra antecipada dos produtos que serão comercializados foi fundamental para garantir bons negócios neste início de ano.
De qualquer forma, os preços cobrados pelo material escolar assustaram os consumidores. O motorista Luis Gustavo Fernandes afirmou que está muito difícil comprar os artigos escolares da filha. A comerciante Brandina Miranda Leonel também se surpreendeu com os preços cobrados nesse ano. A projeção da associação para este ano é de que as vendas caiam cerca de 10% na comparação com 2015.
