A movimentação na manhã desta segunda-feira foi grande na agência do INSS do Centro de Campinas. As perícias na unidade voltaram a ser feitas depois de mais de cinco meses, mas muita gente ainda saiu frustrada. A paralisação da categoria acabou no último dia 25 e a retomada das atividades foi marcada a partir desta segunda. Mesmo assim, muitos trabalhadores ficaram sem atendimento, porque dois peritos estavam de licença médica.
O local é o único que realiza perícias na cidade, mas por causa da greve nacional deixou de receber 8 mil segurados por mês. Entre setembro e janeiro, quase 40 mil perícias foram suspensas ou reagendadas no total. Esperando desde o início de dezembro sem trabalhar, Lourivana Gonçalves temia voltar para casa outra vez sem solução, já que muitas pessoas saíam do local depois de serem informadas sobre o novo agendamento.
Outro trabalhador que não quis se identificar, relatou a dificuldade após uma cirurgia na virilha. A intervenção médica também aconteceu no início de dezembro e a espera no período causou preocupação para a família. Elisete Mota é moradora de Valinhos. Ela foi atropelada e aguardava de muletas, já que a agência de Campinas também recebe segurados de outras cidades. Paciente, afirmou não se importar com o atraso.
Questionado sobre as novas remarcações, o INSS confirmou que perícias a serem feitas por dois peritos em licença médica foram repassadas para março, mas que os outros 18 servidores atendem normalmente. Segundo a nota, 21 peritos trabalham na agência da Regente Feijó, sendo que um deles realiza exames domiciliares e hospitalares. A unidade ainda prioriza o atendimento de quem precisa da primeira consulta. Em relação aos demais, que não foram realizados durante a greve, o INSS estima que a situação deve ser normalizada em até seis meses.
