O Sindicato dos Taxistas de Campinas vai recorrer a uma liminar para tentar barrar o aplicativo Uber na cidade. A decisão foi tomada em assembleia nesta quarta-feira e vai buscar amparo na legislação federal. A intenção, segundo o presidente do Sinditáxi, Jorge Pansani, é garantir que o aplicativo seja proibido por meios legais, enquanto a categoria aguarda a aprovação de um projeto de lei complementar na Câmara.
Ele ainda cita a legislação municipal para justificar a atuação ilegal do Uber, mas pede calma aos trabalhadores para evitar ataques e confusões, a exemplo do que houve em outros municípios. Para ele, isso prejudicaria os taxistas. O pedido de calma também foi feito pelo secretário Municipal de Relações Institucionais, Wanderley de Almeida, que representou a Prefeitura em uma reunião com os motoristas de táxi e reforçou a postura do Executivo.
Ele critica a forma como o aplicativo atua e diz que a fiscalização da Emdec, que apreendeu e multou nove carros até o dia 2, vai continuar. Por isso, defende a ação dos agentes através do próprio aplicativo. Ao todo, 70 taxistas estiveram presentes no encontro que aconteceu no Salão Vermelho do Paço Municipal. Na reunião, questionaram o secretário diversas vezes e prometeram pressionar mais uma vez os vereadores.
Eles esperam que a Câmara Municipal aprove rapidamente o projeto de lei complementar sobre o assunto. Autor da proposta, Jaírson Canário, do Solidariedade, também esteve na Prefeitura e reforçou apoio aos táxis. Ele já pediu urgência na votação do projeto, mas na última segunda-feira, durante a primeira sessão de 2016, se disse surpreso com a falta de quórum no Plenário, onde só 15 membros da Casa estiveram presentes.
Um novo requerimento seria feito nesta quarta-feira. Se aprovado, o projeto teria que passar por audiência pública e seria votado somente após o carnaval, já que se trata de um projeto de lei complementar.
