Os pedidos de recuperação judicial subiram de 13 para 30 em Campinas, um acréscimo de 130% na comparação entre os dois primeiros meses de 2015 e 2016. Já os pedidos de falências aumentaram 30%: de 20 para 26. Os índices da Associação Comercial e Industrial de Campinas acompanham o panorama nacional, com 116% de crescimento nas solicitações. E o economista da Acic, Laerte Martins, está pessimista.
Para ele, os resultados não devem melhorar a curto e médio prazo, mesmo com a tendência de ajuste dos próximos dois ou três anos. Com isso, a queda no mercado deve dar continuidade aos números negativos. Laerte também diz que os dados contabilizados desde 2014 já indicavam o momento ruim do País. Naquele ano, 1392 empresas fecharam as portas. No ano passado, a soma chegou a 4095, uma alta de 194%.
Em todo esse período, as mais afetadas foram as micro e pequenas empresas, justamente pelo momento ruim da economia e pela baixa capacidade de recuperação, já que vários setores estão desaquecidos. Entre as citadas no grupo mais afetado, Laerte Martins cita lojas e outros tipos de comércio de porte familiar.
Para ele, o que preocupa é que, mesmo pequenas, essas empresas também são obrigadas a demitir. Um levantamento da Serasa Experian comprova que o desemprego deve crescer no início deste ano. Isso porque os pedidos de falência em todo o território nacional subiram 15% nos meses de janeiro e fevereiro.
