Desde o dia 18 de fevereiro, por determinação do Ministério da Saúde, o critério de contagem de casos de Zika Vírus mudou, aumentando o registro da doença em Campinas, passando de quatro para 256 confirmações no primeiro trimestre deste ano. Com o novo sistema, os casos passaram a ser confirmados por critério clínico epidemiológico, não sendo mais necessária a confirmação por exame laboratorial.
Através desse critério, o médico avalia os sintomas iniciais da doença para determinar se o paciente vai receber o tratamento contra a Zika. A doença apresenta manchas vermelhas pelo corpo nas primeiras 24 horas após a infecção pelo vírus, geralmente seguida de febre baixa. Os sintomas são diferentes da dengue, que geralmente apresenta febre alta e as manchas surgem alguns dias após a pessoa contrair o vírus.
Os quatro casos de Zika confirmados por testes em laboratório são referentes a quatro mulheres grávidas, que se trataram e se recuperaram bem. De acordo com o secretário de saúde de Campinas, Cármino de Sousa, o aumento exponencial de casos de Zika em Campinas está relacionado apenas a nova metodologia de contagem determinada pelo Ministério da Saúde. Ele garante que não há epidemia da doença na cidade.
Em relação a dengue, foram confirmados 213 casos no primeiro trimestre deste ano, número muito abaixo do que o registrado no mesmo período de 2015, quando mais de 33 mil pessoas contraíram a doença. Campinas não registrou nenhum caso de chikungunya, mas tratou dois pacientes que contraíram a doença no nordeste.