Estudantes da Unicamp chegaram, nessa sexta-feira, ao segundo dia de ocupação do prédio da Faculdade de Educação, no campus da Unicamp de Campinas com a promessa de desocupar o local na própria sexta a noite. A estudante de Pedagogia, Elisa Amanda Santos do Amaral, explica que a decisão foi após uma reunião com a diretoria da Faculdade, que se comprometeu em atender e levar adiante as reivindicações dos estudantes.
O prédio da Faculdade de Educação recebeu lacração simbólica nas entradas com cartazes e vinte estudantes dormiram no local na noite de quinta para sexta. Eles protestam contra corte de verbas anunciado pela reitoria, que chegaria a R$ 40 milhões, alegando que compromete a permanência do estudante na Faculdade.
Os estudantes também pedem a implantação de um programa de cotas étnico-raciais. A justificativa da Universidade é de contenção de gastos por causa da queda da arrecadação. Para os estudantes, no entanto, a justificativa não convence. Elisa questiona porque o repasse do ICMS destinado à educação não é reajustado. A Unicamp pretende economizar em 25% nas despesas das faculdades e institutos.
A direção da Faculdade de Educação da Unicamp informou as atividades administrativas no prédio principal serão retomadas na segunda-feira. A reitoria informou que as medidas de contenção referem-se ao total de vagas de reposição previstas para esse ano. Ou seja, por medida de contenção, e numa atitude de cautela e responsabilidade, 50% das vagas a serem preenchidas não serão mais disponibilizadas devido à queda na arrecadação estadual, principal fonte de recursos da Universidade.
Informa, no entanto, que esse quadro será reavaliado assim que a economia demonstrar sinais de recuperação, sendo o mesmo raciocínio válido para os institutos e faculdades. Garantiu ainda que não haverá corte de recursos na área de saúde, principalmente no que diz respeito à assistência e que todas as atividades de assistência no complexo hospitalar da Unicamp estão garantidas.
