A forte chuva que causou estragos em Campinas na madrugada deste domingo tratou-se de uma microexplosão, um fenômeno climático capaz de deixar devastadas as áreas em que atinge. O fenômeno é semelhante ao tornado em força e intensidade, mas a rajada de vento segue um curso linear, diferente do tornado, em que o vento age em círculos. O exemplo disso podia ser percebido em toda a cidade, onde as árvores que caíram permaneceram na mesma direção. Os ventos atingiram velocidade média de 90 km/h e seguiu do sentido sul norte de Campinas e por onde passou, deixou um rastro de destruição. Durante a microexplosão, quatro pessoas se feriram. Duas estavam em um carro que foi atingido por uma árvore e outras duas estavam em uma casa que cedeu com a força do vento. Uma família ficou desalojada, mas não precisou da assistência da prefeitura. Segundo a meteorologista do Cepagri da Unicamp, Ana Ávila, durante a chuva deste domingo, foram registradas várias microexplosões que deixaram um rastro de destruição por toda a cidade.
Muitas áreas da cidade sofreram com a chuva. Na região do Taquaral, foram várias quedas de árvores e postes, interrupção de energia elétrica e estragos em casas e carros. No Jardim São Quirino, os moradores ainda estavam assustados com o que presenciaram. No Jardim Nossa Sra. Auxiliadora, a Escola Salesiana São José foi castigada pela microexplosão, já que várias árvores caíram no pátio da escola e até mesmo o ginásio da instituição de ensino ficou danificado. Algumas salas de aula foram atingidas e ficaram destruídas. Por isso, a direção da unidade decidiu suspender as aulas por três dias para consertar os estragos. No bairro Parque da Amizade, no distrito do Campo Grande, a força da enxurrada arrancou todo o asfalto da Rua José Camilo Filho. Os moradores, que tiveram suas casas alagadas, contaram como foi a situação.
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, afirmou que assim que a microexplosão foi registrada na cidade, todas as equipes da prefeitura e da defesa civil foram para as ruas para minimizarem os estragos. Ele garante que a cidade voltará ao normal o mais breve possível. A possibilidade de chuva forte em Campinas existe até nesta quarta-feira, segundo o Cepagri da Unicamp, que informou ainda que a chance de novos casos de microexplosões na cidade é mínima neste período.
