Poucas horas após o fim da rebelião no Centro de Detenção Provisória de Hortolândia, na tarde desta terça-feira, um homem que cumpriu dois meses de pena na unidade, ganhou a liberdade. Na saída do presídio, ele falou sobre a situação dentro da penitenciária e as péssimas condições que são oferecidas aos detentos. Segundo ele, além da superlotação da unidade, os presos não têm acesso ao saneamento básico, o fornecimento de água é precário e a alimentação é de má qualidade. O ex-detento, que não quis se identificar, disse que o descaso com a classe carcerária é muito grande. Para o ex-detento, a rebelião é uma consequência ao modo como a classe carcerária é tratado no complexo de Hortolândia.
O CDP de Hortolândia tem capacidade para 855 presos, mas abriga quase 1900 atualmente. A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária, mas não obteve resposta.