Cerca de 70 guardas municipais de Campinas fizeram uma passeata pela região central da cidade por melhores condições salariais e de trabalho. Houve bate-boca no final do protesto depois que membros da corporação em serviço bloquearam a entrada dos manifestantes no Paço Municipal.
Eles carregaram faixas contra o assédio moral durante o trajeto e reclamam dos salários, do adicional de risco e até mesmo dos uniformes. Segundo o diretor do sindicato dos servidores de Campinas, Lourivan Valeriano, a intenção é cobrar o Governo pela valorização dos guardas.
Outra reivindicação é sobre o aumento de atribuições, já que a GM também aplica multas, e ainda problemas causados pela falta de efetivo. De acordo com Lourivan, o número ideal para uma cidade do tamanho de Campinas seria 1200 agentes. Hoje, são 740 distribuídos pelo município.
Por esse motivo, o diretor da entidade diz que o movimento pode evoluir para uma greve, já que a situação se arrasta há pelo menos três anos. No fim do ato, os manifestantes foram barrados na porta da Prefeitura por colegas em serviço. Isso revoltou o sindicato e houve discussão.
Os manifestantes queriam que a pauta fosse ouvida por representantes do Executivo, mas uma reunião já estava marcada para o próximo dia 26. O encontro deve contar com a participação dos secretários de Segurança Pública e de Recursos Humanos. Com isso, um novo ato foi convocado.
Em nota, o governo afirmou que o encontro tem o propósito de estabelecer soluções para atender as demandas da categoria e que o diálogo está aberto. No protesto desta sexta, as pistas da direita das avenidas Doutor Moraes Salles, Irmã Serafina e Anchieta foram bloqueadas entre 9h30 e 10h. O trânsito foi monitorado pelos agentes da Emdec e houve reflexos para os motoristas em diversas ruas da região central devido aos bloqueios.