O julgamento de André Ricardo de Souza Motta começou na manhã desta quinta-feira, em Campinas. A audiência aconteceu no Palácio da Justiça. Ele é um dos três acusados pelo assassinato do estudante da Unicamp, Denis Papa Casagrande, de 21 anos, no dia 21 de setembro de 2013.
A acusação alega que o réu agrediu e dificultou o socorro à vítima, que foi esfaqueada durante uma festa no campus, no distrito de Barão Geraldo. Motta responde em liberdade e é acusado por homicídio triplamente qualificado, assim como Maria Tereza Peregrino e Anderson Mamede.
Para o Ministério Público, houve motivo fútil, cruel e recurso que dificultou a defesa do aluno, que foi cercado e atingido no coração. A sessão foi aberta às 9h50 da manhã pelo juiz da Primeira Vara do Júri, José Henrique Torres, e foi acompanhada pela família do aluno morto.
O pai de Denis Papa Casagrande, Celso Casagrande, pediu pena máxima. Para ele, o crime foi brutal e o filho não teve chance de se defender. Os sete jurados foram convocados durante a abertura da audiência e a sessão foi suspensa para a leitura das peças que compõem o processo.
Depois disso, seis testemunhas foram chamadas para depor. Cinco delas falaram com a presença do público, que lotou a sala de julgamento. Enquanto o foco dos promotores era confirmar o réu como um dos agressores, os advogados de defesa tentavam desqualificar o termo.
A sexta testemunha só falou em uma sala anexa ao plenário, pouco antes do depoimento do próprio acusado, que confirmou ter chutado a vítima. Motta, porém, diz que isso teria ocorrido em uma briga generalizada, o que contraria a acusação, que vê impedimento ao socorro do estudante.
O réu Anderson Mamede também é acusado de agredir e dificultar o atendimento. Já Maria Peregrino é apontada como autora da facada. Os dois estão presos e o Tribunal de Justiça de São Paulo deve julgar o recurso que decide se os dois jovens vão a júri popular, assim como André.