Cinco dos nove candidatos a prefeito de Campinas apresentaram elevação patrimonial em relação às declarações registradas em eleições passadas, quando também disputaram cargos políticos. O maior crescimento registrado é de Artur Orsi, do PSD, que em 2008 declarou à justiça eleitoral um patrimônio de R$ 80 mil. Em 2016, esse valor subiu para pouco mais de R$ 1,2 milhão, o que representa um crescimento de 1.400%. A assessoria do candidato informou que na prestação de contas de Orsi em 2008, houve um erro do partido e por isso o valor acabou ficando em R$ 80 mil. No mesmo ano, o candidato declarou no imposto de renda pouco mais R$ 295 mil. Sobre a diferença de valores, comparados a 2016, a assessoria do candidato informou que houve uma evolução natural, já que ele é funcionário da Câmara, recebendo como assessor legislativo, somado aos vencimentos da esposa que é médica.
Jonas Donizete, do PSB, também apresentou evolução patrimonial, registrando um crescimento de 95% em 2016, em relação ao ano de 2012, quando venceu a corrida eleitoral em Campinas. Na ocasião, ele declarou ter um patrimônio avaliado em R$ 951 mil reais e agora informou que este valor subiu para R$ 1.850 milhão. Levando em consideração a eleição de 2008, quando Jonas Donizette Informou possuir R$ 608 mil, o valor é 204% maior em 2016. A assessoria do candidato do PSB informou que a evolução patrimonial de Jonas Donizette, no período entre 2012 e 2016, se deu pela aquisição de um apartamento no valor de R$ 1,28 milhão, em substituição a uma casa que estava declarada no valor de R$ 533 mil e que, quando vendida, obteve um lucro imobiliário. Essa diferença corresponde a R$ 750 mil. Além disso, neste período, ele teve um rendimento bruto maior que R$ 800 mil, o que explica também a evolução na declaração de bens do candidato.
Os outros três candidatos que aumentaram o patrimônio, apresentaram evolução semelhante. Hélio de Oliveira Santos do PDT, registrou um crescimento de 65% entre 2008, ano que disputou sua última eleição e 2016. Na ocasião Hélio informou ter R$ 1.012 milhão e agora declarou R$ 1.660 milhão. Marcela Moreira do PSOL apresentou variação de 84%, tendo declarado um patrimônio de R$ 3,1 mil em 2012 e R$ 20 mil neste ano. Márcio Pochmann, do PT, teve evolução patrimonial de 35%, passando de R$ 1,2 milhão em 2012 para R$ 1,630 milhão em 2016.
O candidato Edson Dorta, do PCO, não declarou patrimônio na justiça eleitoral, a exemplo de como fez em 2010, quando foi candidato a vice-presidente da República. Os demais candidatos disputam uma eleição pela primeira vez. Neste ano, Surya Guimareaens,da Rede, declarou um patrimônio avaliado em R$ 214 mil. Marcos Margarido, do PSTU, declarou R$ 144 mil e Jacó Ramos, do PHS, R$ 45 mil.