Operação padrão e problemas antigos agravam demora em Viracopos

Empresas e profissionais tem aguardado até nove dias para encaminhar cargas no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.  O problema não é novo e atinge todos os processos envolvidos no desembaraço de mercadorias do Terminal. Receita federal, Vigilância Sanitária e até na entrada de caminhões para o despacho de produtos. Diretor do Sindicato dos Aduaneiros de Campinas, Elson Ferreira Isayama, é duro ao se referir aos serviços, reclama dos órgãos competentes e confirma que empresas evitam Campinas.

Elson não deixa de reconhecer que o Aeroporto tem investido nos processos. Mas, reclama da burocracia agravada pela Operação Tartaruga, organizada pelos auditores fiscais que reivindicam melhores condições de trabalho.

Viracopos é responsável por movimentar cerca de 40% de toda a carga aérea importada do país. No ano passado, o Aeroporto fez mudanças no fluxo de trabalho e mecanismos internos para melhorar o atendimento. Entre elas a ampliação das câmaras frigoríficas. Porém, nos últimos dias os problemas refletiram até do lado de fora de Viracopos, aonde mais de 80 caminhões chegaram a ficar na fila aguardando para entrar no Aeroporto.

Assessor de Relações Institucionais do Aeroporto, Carlos Alberto Alcântara, garante que do que depende de Viracopos o processo não demora 24 horas. Aponta a culpa aos órgãos de fiscalização. Um exemplo foi há alguns meses quando uma liminar na Justiça obrigou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária a liberar novas cargas em Viracopos no prazo de cinco dias. A demora para o desembaraço de produtos farmacêuticos era de 49 dias na ocasião.

Alcântara aproveita a reportagem para divulgar que tem há seis meses, dentro das instalações, um equipamento parado por falta de autorização de uso do Governo Federal.

A Agência Nacional chegou a realizar operações para liberação das cargas.

Os fiscais federais reivindicam reajuste salarial de 21% por meio de um projeto de lei pelo Executivo. Outros aeroportos também passam por protestos dos fiscais, mas os prazos de liberação têm sido mais rápidos em Guarulhos e no Rio de Janeiro.

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