Valinhos amanhece sem transporte público municipal

Foto: Leandro Las Casas

Os ônibus urbanos não circularam em Valinhos nesta quinta-feira devido a uma paralisação organizada pelo Sindicato dos Rodoviários. Esta é a segunda vez no mês que a cidade amanhece sem transporte público. A exemplo do dia 13, nenhum veículo saiu do terminal.  O ato acontece porque a entidade que representa a categoria reclama da falta de garantias de empregos em meio à mudança na concessão.

Segundo o secretário-geral do sindicato, Jeremias dos Santos, a Rápido Luxo disse em documento que pode não pagar os direitos trabalhistas. A empresa vai deixar de operar o serviço em dezembro e é alvo de reclamações dos funcionários por falta de informações sobre o processo.

Outra reclamação dos trabalhadores é de que o funcionamento do sistema Integração ainda não foi detalhado neste novo contrato. Atualmente, quem utiliza o transporte urbano paga R$ 3,80 de tarifa e pode ir e voltar de Vinhedo e Campinas sem pagar nova passagem.

Cerca de 10 mil usuários foram afetados pelo protesto desta quinta. Muitos perderam o trabalho. Outros, não sabiam como voltar para casa. Mas o problema também afetou alguns ônibus metropolitanos, que chegaram ao terminal, mas foram impedidos de sair por conta do ato.

A Prefeitura de Valinhos informou que tenta intermediar a situação. Em nota, diz que busca a sucessão tranquila e favorável aos trabalhadores. Além disso, alega que a Rápido Luxo assegurou que informaria o número de demitidos para viabilizar um Plano de Demissão Voluntária. A ideia seria aproveitar o processo de contratações da nova empresa. O Executivo, porém, justifica que a carta da Rápido Luxo causou insegurança entre os trabalhadores e motivou a paralisação.

A Rápido Luxo foi procurada, mas não se manifestou até o fechamento da reportagem. Depois, afirmou em nota que repudia e considera o movimento precipitado, porque prejudica diretamente a população e a empresa, afetada pela falta de receita. Destaca ainda que não participou do processo licitatório do transporte metropolitano da Região Metropolitana de Campinas e que por isso deixará de operar o modal metropolitano.

Segundo a empresa, a situação também faz com que a integração dos transportes municipal e intermunicipal em Valinhos seja suspensa, já que os dois serviços são prestados por ela. O comunicado faz críticas ao Sindicato dos Rodoviários e à Prefeitura de Valinhos e defende que a licitação de transportes está repleta de irregularidades, como denunciado na Justiça.

Sobre o documento protocolado na última quarta, a Rápido Luxo justifica que seguiu as orientações legais para comunicar que a supressão de atividades vai afetar os contratos de trabalho. Por fim, alega que está em dia com os direitos trabalhistas e que determinou a apresentação do estudo sobre a situação dos cerca de 200 funcionários para o próximo dia 26.

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