Campinas registra queda de empregos na construção civil em agosto

O setor da construção civil em Campinas registrou queda no nível de trabalhadores empregados no mês de agosto, no comparativo com o mês de julho, segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, baseada em informações do Ministério do Trabalho e Emprego.

411 postos de trabalho foram fechados na cidade no período, e com isso, o saldo de trabalhadores ativos foi de 20.230 para 19.820, uma queda de 2%. No acumulado do ano, a redução chega a 11,4%, com a diminuição do saldo em 2.680 vagas.

Mas, considerando a região de abrangência do sindicato, houve variação. Além de Campinas, mais três cidades registraram redução no número de trabalhadores empregados na construção civil, enquanto outras quatro registraram aumento.

O diretor regional do sindicato, Márcio Benvenutti, explica essa variação. “Algumas cidades estão ainda negativas, mas outras estão em uma perspectiva positiva. A variação ocorre pois as obras levam em média 18 meses, e não começam todas no mesmo ponto e terminam todas no mesmo mês, então há uma variação grande entre início e final”.

A maior queda ocorreu em Rio Claro, que registrou redução de 5,8% de vagas, com a perda de 146 vagas em agosto, em relação ao mês anterior. Também houve queda em Paulínia, com 4,9%, e Piracicaba, com 0,6%.

O diretor atribui parte dessa variação à sazonalidade das obras, que cairiam no período de chuvas, e afirma que há uma expectativa de melhora para os próximos meses. “É uma questão sazonal, pois já estamos vendo uma recuperação de sondagem de terrenos, de uma maneira geral está tendo aumento no número sondagens para obras já na nossa região, mas elas também são sazonais”.

Na região, dentre as cidades que já registram aumentos em contratações no setor, Americana se destaca, pois registrou avanço pelo segundo mês consecutivo, com 129 novas vagas, registrando crescimento de 3%. Em julho 55 novas vagas já haviam sido criadas na cidade. Houve aumento também em Indaiatuba, com 2,5%, Limeira, com 0,8%, e Valinhos, com 0,4%.

O Diretor comentou sobre qual tipo de obra sofreu a maior queda, e o que vem registrando maior aumento. “O setor mais atingido foi o de obras públicas, e o que está obtendo melhora mais rápida são os conjuntos habitacionais do ‘minha casa minha vida’ que novamente está sendo reativado pelo Governo Federal. A tendência é de melhora, os grandes problemas já estão sendo corrigidos.” Segundo ele, há melhorias em curso na política de construção nacional, pois órgãos que financiam obras, como a Caixa e o Banco do Brasil, estão retomando as parcerias. Além disso, recentemente houve queda na taxa básica de juros, e há perspectiva de novas quedas.

Compartilhe!

Pesquisar

Mais recentes

Fios soltos, fiação caída, postes com fios soltos Campinas

Postes das ruas de Campinas estão tomados por sobras de fios de telefonia

Saúde emite alerta para possíveis casos de intoxicação por metanol em Campinas 

Temperaturas máximas sobem nos próximos dias na região; máxima pode chegar aos 35º

PODCASTS

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.