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Setor têxtil apresenta sinal de recuperação no mês de agosto

A invasão dos produtos chineses prejudicou muito o setor têxtil brasileiro nos últimos anos, e a situação foi agravada pela crise econômica enfrentada pelo país. A indústria da região também foi afetada, pois existem por aqui cerca de 700 empresas do segmento têxtil, e pouco mais de mil confecções, que empregam juntas quase 40 mil pessoas, de acordo com números do Ministério do Trabalho e Emprego.

Mas o pior momento para o setor já passou, e a tendência é de melhora. Essa é a análise que faz Alfredo Bonduki, Presidente do Sinditêxtil (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo). “Nós acreditamos que tenha chegado ao fundo do poço, até porque nosso setor ele caiu muito e não é só desta crise, antes de 2014 o setor vinha sofrendo com as importações e o Real muito valorizado”.

O câmbio ideal apontado pelo Sinditêxil é de R$ 3,50 para cada US$ 1. Bonduki explica por que o real valorizado é um problema para o setor têxtil nacional. “Esse cenário acabou sendo compensado com a desvalorização do Real, que fez com que as importações despencassem, e as importações crescessem. Nós estamos muito preocupados com essa tendência de valorização do Real”.

De acordo com números do Caged (Cadastro de Empregados e Desempregados, do MTE) entre janeiro e agosto deste ano, o número de demitidos do setor têxtil e de confecção no estado de São Paulo foi de 2.275. Entretanto, no mês de agosto de 2016, o saldo foi de 211 contratações. No mesmo mês no ano passado, foram registradas quase 4.500 demissões.

“O setor têxtil tem quase 500 mil empregos, perdemos nos últimos dois anos uma média de 30 mil empregos por ano, e agora vemos como um alento que o desemprego do setor tenha estacionado. Nós acreditamos que com uma política cambial responsável, o Polo de Americana se recupera, e o Brasil volte a ser um “player” importante. Temos a quarta indústria têxtil do mundo”, explica o Presidente do Sinditêxtil.

A melhora já começa a ser notada nas vendas e na redução dos estoques, segundo o Presidente do Sinditêxtil. “A gente acredita que sim, até porque os estoques estão muito baixos, e o varejo começa a fazer suas encomendas para o final de ano”.

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