Vigilância em Saúde interdita quatro setores da UPA do Centro de Campinas

Prédio da Upa do Centro tem setores interditados

A Vigilância em Saúde Leste de Campinas ordenou a interdição de quatro setores da Unidade de Pronto Atendimento do Centro (UPA Centro), devido ao local não reunir condições higiênico-sanitárias para que sejam exercidas atividades de saúde. A Vigilância em Saúde também classificou o local como insalubre, e sem condições de habitabilidade.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município nesta segunda-feira (24), e suspende por tempo determinado a utilização de quatro setores da UPA: A sala de esterilização, a sala de medicação, a sala de Raio-X, e a área de descanso da enfermagem.

Afonso Basílio, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais, esteve na UPA na tarde desta segunda-feira, e falou sobre os problemas enfrentados por funcionários e pacientes. “Esse prédio passou por várias vistorias, e não apresenta condições de funcionar nem como clube, que é a função dele, nem como uma UPA. Não pode haver saúde pública nessas condições”.

Mesmo coma interdição dos setores, e com as más condições do prédio, a UPA não suspendeu os atendimentos, pelo menos até à tarde desta segunda-feira. “Os trabalhadores foram orientados a continuarem trabalhando normalmente, mesmo com as condições péssimas. Eles não concordam com isso, mas são profissionais, e estão assistindo a população mesmo em meio ao caos. A Secretaria que não está fazendo o trabalho dela”, diz Basílio.

Nós tivemos acesso a algumas das áreas internas do prédio, e verificamos alguns dos problemas destacados, como uma pia que era utilizada para a higienização de materiais utilizados por enfermeiros, e que estava interditada devido a vazamentos. Também observamos problemas no piso em algumas áreas do prédio, problemas no forro do teto, cadeiras de espera quebradas, e bolor em algumas partes do prédio. Além disso, em uma área externa, utilizada apenas por funcionários, há acumulo de materiais inutilizados, como macas, cadeiras de rodas, lixeiras, ventiladores, e até um fogão.

Pacientes que utilizaram a UPA Centro na tarde desta segunda-feira reclamaram das condições do prédio, e de atendimento. “Tá péssima a condição, tem os bancos ruins, tá bem difícil. O atendimento deixa um pouco a desejar, não por culpa dos funcionários, mas está bem precário”, relata a assessora de imprensa, Andréa Melo.

“Tá bem ruim o prédio mesmo, deveria melhorar, pintura, infiltração, o chão tá horrível, tá bem ruim” afirma o eletricista, Luiz Henrique dos Santos.

Em nota, a prefeitura a confirma a interdição parcial, e informa que o Departamento Administrativo da Secretaria de Saúde já desencadeou as medidas para atender às exigências da Vigilância em Saúde, e tem dez dias para apresentar um plano de adequação.

A Prefeitura informou também que os atendimentos à população continuam sendo feitos no local, uma vez que as alas de esterilização e de medicação, e a sala de enfermagem já foram transferidas para outros espaços no mesmo prédio. Porém, não citou a situação dos atendimentos que necessitam de exames de Raio-x.

A UPA Centro funciona desde 2012 no prédio que abrigava a sede social do Clube Semanal de Cultura Artística. Por não se tratar de um prédio projetado para ser uma unidade de saúde, alguns setores acabam funcionando de forma improvisada. A unidade funciona 24 horas, e a Prefeitura afirma que 400 pacientes são atendidos por dia no local.

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