O presidente dos Correios, Guilherme Campos, espera a adesão de até 8 mil funcionários ao Plano de Demissão Incentivada, anunciado por ele para evitar que o caixa da empresa chegue ao limite em 2017. Enquanto espera a aprovação do plano pelo Ministério do Planejamento para a liberação de um empréstimo do Banco do Brasil, não descarta a adoção de outras medidas, caso o PDI não se mostre eficiente.
Em 2015, os Correios tiveram um prejuízo de R$ 2,1 bilhões e a previsão para 2016 é de um déficit de quase R$ 2 bilhões. Com isso, o aporte de R$ 750 milhões seria usado para iniciar o plano de demissões. O PDI é voltado a funcionários com mais de 55 anos, aposentados ou com tempo de serviço para requerer a aposentadoria.
Atualmente, dos 117 mil trabalhadores em todo País, mais de 13 mil poderiam assinar o termo. O presidente Guilherme Campos, no entanto, prevê entre 6 e 8 mil adesões. O número poderia gerar um alívio financeiro de até R$ 1 bilhão, já que a folha salarial consome dois terços do orçamento.
O benefício para quem aderir ao PDI será a indenização, calculada pela da média salarial dos últimos cinco anos e do tempo de serviço, no máximo 35 anos. O valor seria pago mensalmente, parcelado em dez anos. Em meio à crise financeira, cortes também foram feitos em funções comissionadas, funcionários em desvio de função foram realocados e uma comissão para rever o modelo de planos de saúde foi formada.