Paulínia amanheceu sem ônibus e sem coleta de lixo nessa quarta-feira e teve protesto de funcionários do transporte municipal e coletores de lixo em frente à Prefeitura da cidade. O motivo mais uma vez é a falta de pagamento. Os motoristas de ônibus do transporte municipal paralisaram as atividades por não terem recebido um vale adiantamento de salário que deveria ter sido depositado na segunda-feira. Já os 150 funcionários da empresa que realiza a coleta de lixo da cidade também cruzaram os braços pelo mesmo motivo. Falta de pagamento de salários.
Os representantes das duas categorias, Isael Soares de Almeida, do sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região e Renata Souza, do sindicato dos empregados da limpeza urbana de Piracicaba e Região, explicam que sem salário não dá para trabalhar. Enquanto isso, a população da cidade ficou com as consequências. Carolina Ribeiro mora em Campinas e é educadora ambiental em Paulínia. Só conseguiu chegar até o terminal, depois teve que se virar com carona. Quem tem empregada doméstica teve que buscá-las em casa. No Shopping de Paulínia, Carlos Danilo, dono de uma barbearia, viu o movimento de seu comércio cair pela metade. E na porta das casas, o lixo começou a se acumular nas lixeiras.
A Prefeitura de Paulínia informou que fez um remanejamento orçamentário e que deve fazer os repasses às empresas responsáveis pelos dois serviços ainda nesta quarta-feira e espera a retomada o quanto antes dos serviços para toda a população. A Prefeitura alega que a queda na arrecadação afetou os pagamentos da Prefeitura aos fornecedores por causa do atual cenário de crise econômica nacional. Afirma que o município registrou queda de 15% na arrecadação, valor necessário para cobrir as contas.