A licitação dos reservatórios de Amparo e Pedreira, que ampliariam a segurança hídrica das cidades da Região Metropolitana de Campinas, segue emperrada. Em fevereiro deste ano, o Secretário Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Benedito Braga, informou que esperava que o início das obras dos reservatórios ocorresse ainda em 2016.
Hoje, em visita à Campinas, o Secretário afirmou que a licitação das obras dos reservatórios emperrou devido às medidas de contenção de gastos do Governo Federal.
Embora o planejamento defina que as obras sejam custeadas com recursos oriundos de empréstimo junto à Corporação Andina de Fomento, o Secretário afirma ser necessário o aval do Governo Federal. “Quem dá o seguro desse empréstimo, o aval, é o Governo Federal”.
O valor do empréstimo é de US$ 204 milhões de dólares, o equivalente a quase R$ 690 milhões. O valor inicialmente seria empregado em obras de macrodrenagem no Rio Baquirivu-Guaçu, em Guarulhos, mas em junho deste ano foi publicada em Diário Oficial a autorização de manejo das verbas para atender também as obras de construção dos reservatórios de Amparo e Pedreira, ambas nas Bacias PCJ.
O Secretário chegou a afirmar, inclusive, que a prioridade de uso desta verba será para as obras dos reservatórios. Mesmo com o atraso, e sem firmar uma data, Braga assegura a realização das obras. “Há um compromisso do Governo do Estado com essas estruturas, nós estamos com uma dificuldade temporária em função da crise que o país está passando, mas o compromisso para a realização da obra continua”.
O projeto do reservatório de Duas Pontes, em Amparo, prevê capacidade de armazenar 44 milhões de metros cúbicos. Já a barragem em Pedreira terá capacidade de quase 33 milhões de metros cúbicos.
Estima-se que os reservatórios de Amparo e Pedreira tem potencial para regularizar 12 m³/s para a região. Cada metro cúbico/s é capaz de abastecer 250 mil habitantes. Esse volume de água é capaz de garantir a sustentabilidade hídrica de mais de duas cidades do porte de Campinas.
