Foram iniciados na manhã dessa segunda-feira os trabalhos de perícia nos imóveis incendiados na quinta-feira da semana passada no centro de Campinas, no quarteirão entre as vias Benjamin Constant, Saldanha Marinho, 11 de agosto e Bernardino de Campos.
A análise conta com peritos da polícia civil, técnicos da prefeitura e engenheiros da defesa civil.
O laudo da perícia, no entanto, está longe de ser concluído. Será necessário seguir um cronograma para retirada dos escombros, realizado a partir dessa segunda-feira pelo proprietário da loja de autopeças Doidão, onde o incêndio começou. O tamanho do estrago foi tão grande que os peritos estão com dificuldade de ter acesso ao local em baixo dos escombros, como explica o delegado Amilton Caviolla Júnior, titular do 1º. Distrito Policial.
Para o delegado Amilton, responsável pelo inquérito, ainda é cedo para apontar a responsabilidade dos proprietários da loja de autopeças pelo incêndio. A Secretaria de Urbanismo alega que houve abandono do processo de regularização do alvará em 2015. O proprietário Rosalvo Francisco de Souza Júnior, no entanto, afirma que estava realizando todas as adequações exigidas pelo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.
E voltou a defender a hipótese de que um raio tenha provocado a incêndio de grandes proporções, que destruiu duas lojas de peças automotivas, uma igreja, duas casas, um cortiço e um estacionamento. Foram usados 200 mil litros de água não potável, durante 60 horas de trabalho do Corpo de Bombeiros.