O diretor da Câmara de Campinas, Israel Mazzo, foi condenado pelo crime de peculato, que é o desvio de dinheiro público. Pela condenação, Mazzo foi considerado funcionário fantasma, em relação ao cargo que tinha na Administração Regional 7 de Campinas, em 2007. Naquele mesmo ano, ele tinha mandato de vereador em Jaguariúna.
Além dele, os ex-coordenadores da AR, Maurício Simões Augusto e Sylvio Pires de Campos Neto, foram condenados por terem participado do esquema. Simões assinava a folha de ponto para Mazzo e Campos Neto foi o responsável pela contratação.
Os três devem cumprir pena no regime semi-aberto, variando de quatro a seis anos. A decisão da justiça é deste dia 26 de janeiro, já passível ao decreto de prisão dos três.
Quando o caso veio à tona, em 2008, funcionários da Regional chegaram a dizer que não conheciam Mazzo. Ele rebateu dizendo que não comparecia com frequência, por ter um trabalho mais externo.
O prefeito à época era Hélio de Oliveira Santos. Administração municipal chegou a informar que desconhecia a presença do servidor, sendo responsabilidade da Câmara, que tinha como presidente Aurélio Cláudio. A responsabilidade então foi passada ao ex-coordenador da AR, Campos Neto. Ele era considerado braço direito do então presidente.
A Câmara de Vereadores informou que assim que for notificada sobre a condenação e prisão de Mazzo, a Procuradoria tomará as medidas cabíveis. A assessoria de imprensa da presidência do legislativo reforça que ele não foi nomeado pelo atual presidente Rafa Zimbaldi e que continua na Câmara já que o cargo é vitalício.
O advogado de Isarel Mazzo é Clodoaldo Ribeiro Machado. Nós ligamos no telefone disponível na Internet, mas ninguém atendeu. O advogado Flávio Renato Robatini Biglia representa Campos Neto. Nós não encontramos contato dele no portal da OAB. No caso de Maurício Simões, no processo consta como advogado Pedro Pessotto Neto. Nós falamos no escritório dele, mas até o fechamento da reportagem não houve retorno.
Depois do fechamento da reportagem, Pedro Pessoto, advogado de Maurício Simões, entrou em contato e informou que aguarda a publicação da decisão do tribunal de justiça para tomar as medidas cabíveis. Segundo ele, cabem, em tese, dois recursos. Um ao STJ e outro ao STF. Ele afirmou que, pelo menos, um recurso será interposto visando a absolvição de seu cliente.




