O primeiro dia útil com as novas tarifas nos transportes municipal e intermunicipal foi de muita reclamação entre os passageiros. Mesmo sabendo com antecedência dos aumentos, os usuários de Campinas e da região metropolitana sentiram no bolso a diferença.
Para quem vem dos municípios vizinhos, o percentual médio de reajuste foi de 7,06%, o que vai refletir no cotidiano e nos salários de todos. O desconto nos vencimentos é citado por Douglas Marciano, que é de Valinhos e viu o valor da passagem subir de R$ 3,95 para R$ 4,20.
Fernando Dionísio costuma circular entre Campinas e Hortolândia. O preço cobrado por esse trajeto também saiu de R$ 3,95 para R$ 4,20. O problema para ele não é só o salário, mas principalmente a falta de melhorias nos ônibus, que registram defeitos e circulam lotados.
Rosimeire dos Santos é de Monte Mor, trabalha como empregada doméstica e usa os ônibus de Campinas, que também tiveram aumento. Somando os novos valores das tarifas intermunicipais e municipais, o medo dela é de perder o emprego por conta justamente dos reajustes.
Na cidade, a alta foi de 18,4%. O valor é de R$ 4,50 no vale-transporte, mas chega a R$ 4,80 para quem faz um trajeto com duas integrações. No Bilhete Único Comum, o valor tem desconto: R$ 4,20. Porém, pode custar até R$ 4,50 no caso da utilização de mais de dois veículos.
A Pasta Estadual dos Transportes Metropolitanos relacionou os preços aos insumos, além das cláusulas contratuais com o Consórcio Bus+. Em Campinas, a alteração nas tarifas também envolve os altos custos, mas tem relação ainda com a redução do subsídio pago pela Prefeitura.
