O temor da febre amarela não afeta o comércio e o turismo em cidades da região de Campinas. No Circuito das Águas, o movimento não caiu nos últimos meses e várias medidas foram tomadas para que continue assim. Esse é o panorama nas vizinhas Monte Alegre do Sul, Amparo e Pedreira. As duas primeiras contabilizam um caso autóctone e uma suspeita da doença em humanos, respectivamente, além de 11 exames positivos em macacos mortos.
Ainda assim, as reservas em hotéis se mantiveram na média nessa época do ano. É o que explica a proprietária de uma pousada em Monte Alegre, Eliana Marson, que apostou na comunicação para não perder hóspedes. Ao invés de evitar o assunto, ela decidiu informar sobre a situação da região e orientar as pessoas, por exemplo, sobre a vacina, o uso de repelente e a ida a locais de mata fechada, como cachoeiras e rios.
A primeira contaminação no município foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde em uma moradora de 40 anos no início de abril e é analisada com calma e paciência pelo prefeito Edson Rodrigo, do DEM. Ele também alega que o interesse pela região não caiu, afirma que a campanha de vacinação teve 90% de alcance entre a população e cita uma parceria feita com Amparo para minimizar a crise.
Outra medida é a busca pela união da região junto ao Ministério da Saúde. A ideia é pedir mais doses da vacina para evitar o agravamento da situação, já que os limites entre as cidades são cercados pela vegetação.
Em Amparo uma morte suspeita ainda é investigada e por isso o momento é de espera, enquanto o movimento principalmente aos fins de semana também se mantem. Já Pedreira não teve casos ligados à doença. A febre amarela é vista com cautela no município, que depende do volume de turistas e compradores. E por isso a dona de uma loja em uma galeria de artesanatos, Edna Martins, conta com a conscientização.