Região tem dez políticos na lista do ministro Fachin

(Foto: Divulgação/Carlos Moura/SCO/STF)

A lista do ministro do STF, Edson Fachin, tem pelo menos dez políticos da região de Campinas, interior de São Paulo citados. Os casos foram delatados por três executivos da Odebrecht.

Em Campinas, o prefeito cassado, Hélio de Oliveira Santos (PDT) aparece junto a esposa, Rosely Nassim Jorge Santos. Ela teria recebido dinheiro nas obras da ETE Capivari II, em 2009 e 2010, durante governo Hélio.

Em Sumaré, um repasse de R$ 600 mil teria sido feito a ex-chefe do executivo, Cristina Carrara, no período em que concorria à reeleição. O então candidato, Tito do PT, teria recebido R$ 300 mil.

O ex-prefeito de Mogi Guaçu, Paulo Eduardo Barros (PV), que disputava à reeleição, teria recebido em 2012, R$ 700 mil, em troca de privatizar o serviço de saneamento básico.

Em Limeira, são citadas vantagens indevidas na campanha de 2012, que teriam sido recebidas pelo ex-chefe do executivo Paulo Hadich (PSB), e os então candidatos Eliseu Daniel (PSDB) e Quintal (PSD).

Já em Rio Claro, o ex-prefeito Du Altimari (PMDB) e a candidata à vice Olga Salomão (PT) teriam recebido R$ 300 mil, cada. A chapa foi reeleita. R$ 200 mil teriam sido repassados ao então concorrente Nevoeiro (PPR), que também foi prefeito.

Danilo Campagnollo que é advogado criminalista explica que as situações sugerem vários crimes.

Os processos foram enviados pelo ministro Edson Fachin à Justiça em São Paulo e poderão ser redistribuídos. O alerta para risco de prescrição.

A assessoria de imprensa do prefeito cassado de Campinas e da esposa dele informou que iria se inteirar do assunto.

Já a ex-prefeita de Sumaré, Cristina Carrara disse que recebeu com tranquilidade a notícia, destacando que até agora não houve decisão sobre os fatos. Afirma que os recursos recebidos na campanha foram contabilizados legalmente.

Paulo Hadich, ex prefeito de Limeira, também reforçou esse tramite judicial e disse que não recebeu nada da Odebrecht, nem de outras empresas.

A ex-vice prefeita de Rio Claro, Olga Salomão, em nota, lamentou a divulgação dos nomes, dizendo que a ação criminaliza a política no País. Afirma que os citados da chapa vão provar inocência.

O ex-chefe do executivo de Rio Claro, Nevoeiro, garantiu que não recebeu e não pediu dinheiro da Odebrecht.

Os demais citados não se posicionaram até o fechamento da reportagem.

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