Duas semanas depois da reintegração de posse, os moradores do Jardim Capivari esperam uma solução para a área desocupada em Campinas. Móveis e utensílios domésticos foram removidos, mas telhas e madeira estão empilhadas em vários pontos e escavadeiras trabalham no local. O cenário mudou, mas a incerteza sobre o que será feito continua. Depois do fim da Ocupação Mandela, os vizinhos do terreno querem soluções.
O principal temor é de que o espaço volte a ter mato alto, apresente riscos e sirva de lixão para descarte de entulho e até de animais mortos. O panorama era visto por Aparecido Queiroz antes da montagem dos barracos em julho de 2016. Agora, ele espera uma destinação melhor. Dono de uma mercearia na região, ele tem ouvido boatos sobre o que será feito. Entre eles, o de que um condomínio popular seria erguido.
O assunto é ouvido por todo o bairro e causou expectativa na casa de Maria Helena de Oliveira, que vê o empreendimento como a saída ideal. O imóvel dela fica a poucos metros do terreno e a principal preocupação é com o risco de que o local sirva de esconderijo para bandidos.
Segundo os moradores, outra possibilidade é a do fechamento total com muros ou cercas, o que evitaria a volta das famílias para a área. O espaço pertence a uma empresa de cerâmica, que não foi encontrada para comentar ou detalhar se possui algum projeto para o local. A Companhia de Habitação, a Cohab, também foi procurada, mas não enviou resposta até o fechamento desta reportagem.