Na teoria, otimismo para os próximos meses de 2017. Uma pesquisa da AMCHAM, por exemplo, constatou que 95% das empresas acreditam em resultados mais positivos neste ano.
Na prática, em Campinas pelo menos, a quantidade de espaços comerciais para alugar ou vender chama atenção e contrasta com a perspectiva.
Nós percorremos as principais vias de negócios da cidade. Na Barão de Itapura, contamos 31 imóveis nesta situação. A Norte Sul, famosa pelos edifícios empresariais, tem pelo menos 20 prédios comerciais para alugar. Por fim, passamos pela Orosimbo Maia, onde 14 locais estão para locação. Entre os espaços que fecharam estão restaurantes, bares, concessionárias e consultórios médicos.
A loja de móveis de Renan do Amaral fica nessa região e uma placa enorme comunica – “Passo o ponto”. O estabelecimento tem 18 anos, mas desde meados do ano passado, a situação ficou crítica.
Apesar do cenário negativo, Renan tem ideias para driblar crise, como o comércio eletrônico.
A mudança, no entanto, depende de alguém assumir o ponto que fica no cruzamento entre Orosimbo Maia e Av. Brasil. Ainda não há nada concreto.
O empresômetro da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo tem dados das micro e pequenas empresas. Nesse ano, em Campinas, 378 já foram fechadas. Em 2016, foram quase três mil, sendo 2015, o pior ano desde 2007, quando o levantamento começou a ser feito, com quase 4700 fechamentos na cidade.
Uma retomada mesmo da economia, só vem, na visão do economista Laerte Martins com o desfecho das reformas do governo.
Atualmente, segundo a Confederação, Campinas tem 141.191 empresas ativas, o que representa 0,8 de todas do Brasil.
